Da REDAÇÃO
Enquanto muitos atletas viajam para competições com apoio do governo ou patrocínios, um grupo de apaixonados pelo basquete no Amapá está fazendo tudo por conta própria para garantir a participação no Norte-Nordeste de Basquetebol Master, que acontece de 17 a 21 de abril, em Natal (RN). Sem incentivo financeiro público, eles estão vendendo rifas, doces e até pipoca para arrecadar os recursos necessários.
A delegação amapaense conta com 70 jogadores e jogadoras das categorias 30+, 40+, 45+ e 50+ no feminino, além das categorias 30+, 45+ e 55+ no masculino. Todos são filiados à Associação de Basquete Master do Meio do Mundo (ABMMM) e já defenderam o basquete profissional do estado. Agora, revivem a paixão pelo esporte no cenário master.
Apesar das dificuldades, o amor pelo basquete fala mais alto.

“Nós tentamos, mas não conseguimos nada, nem com o governo e nem com a prefeitura”, lamenta Alcemira Magave, atleta da categoria 40+.
Para ela e muitos colegas, a solução foi colocar a mão no bolso e buscar alternativas criativas para custear a viagem. Graças a parceiros do comércio local, a ABMMM conseguiu 33 passagens aéreas e parte das inscrições, mas ainda faltam recursos para alimentação, hospedagem e transporte em Natal.
Para cobrir os custos, os atletas organizaram bingos, rifas e aproveitaram eventos esportivos para vender doces e pipoca. O esforço não para por aí: eles treinam quatro vezes por semana no Ginásio Avertino Ramos, no Centro de Macapá, intensificando a preparação para a competição. Durante o carnaval, enquanto a cidade caía na folia, os veteranos estavam em quadra, lapidando jogadas e aprimorando a forma física.

Mesmo diante das dificuldades, o grupo segue firme. Além da busca por patrocínios, os próprios atletas fazem uma coleta mensal para custear a confecção dos uniformes. Tudo isso para continuar jogando o esporte que tanto amam.
“O basquete é uma válvula de escape. Todos temos nossas batalhas diárias, mas nesse momento nos conectamos com pessoas que compartilham desse amor. Criamos uma família, ajudamos uns aos outros e seguimos juntos com um só propósito: jogar basquete”, resumiu Magave.