Lucas Barreto defende exploração de petróleo no Amapá: “exigimos soberania e acesso”

Lucas segue sendo um dos grandes defensores da exploração de petróleo no AP. Foto: Agência Senado.

O senador Lucas Barreto (PSD-AP) reforçou, nesta terça-feira (25), a defesa pela exploração de petróleo na costa do Amapá. Em discurso no plenário, ele criticou os entraves impostos pelo governo brasileiro, enquanto países vizinhos já exploram o mesmo reservatório na região do Platô das Guianas, gerando desenvolvimento e oportunidades econômicas para suas populações.

Para Lucas, a negativa do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente à atividade no Amapá demonstra incoerência, uma vez que o Brasil não tem controle sobre os impactos ambientais das operações estrangeiras próximas à sua costa. Ele ressaltou que a presença da Petrobras garantiria medidas eficazes de proteção ambiental e resposta a eventuais incidentes, preservando os manguezais e a fauna marinha da região.

“O Amapá não pede imprudência nem desrespeito ao meio ambiente. O que exigimos é equidade, cidadania e acesso aos nossos próprios insumos naturais. Não há justiça ambiental quando há abandono social”, afirmou o senador.

O Amapá tem a maior bacia de petróleo da Margem Equatorial. Foto: Divulgação.

Impasse na exploração de petróleo na costa do Amapá

A exploração de petróleo na Margem Equatorial, região que abrange a costa do Amapá e outros estados do Norte e Nordeste, tornou-se um dos principais debates econômicos e ambientais do país. A Petrobras busca autorização para perfurar um poço exploratório na Foz do Amazonas, mas enfrenta resistência do Ibama, que já negou a licença em 2023 sob a justificativa de riscos ambientais.

Enquanto isso, países vizinhos como Guiana, Suriname e Guiana Francesa avançam na exploração do mesmo bloco geológico, atraindo bilhões em investimentos e transformando suas economias. No Amapá, defensores do projeto argumentam que a atividade pode impulsionar a infraestrutura local, gerar empregos e reduzir desigualdades históricas na região, sem comprometer a preservação ambiental. O impasse entre desenvolvimento econômico e conservação ambiental segue sem uma solução definitiva.