Petróleo pode aumentar PIB do Amapá em 61% e gerar 54 mil empregos, mas depende do IBAMA

Petrobrás aguarda liberação do Ibama. Foto: Reprodução.

A exploração de petróleo na costa do Amapá pode transformar a economia do estado, trazendo impactos significativos no crescimento do PIB e na geração de empregos. Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que o Amapá pode registrar um aumento de 61,2% no seu Produto Interno Bruto (PIB) com a chegada do setor petrolífero. Além disso, a atividade tem potencial para criar cerca de 54 mil empregos diretos e indiretos, um avanço expressivo para um estado que ainda enfrenta desafios econômicos e altos índices de desemprego.

Os benefícios vão além da movimentação financeira imediata. Os royalties da produção petrolífera devem garantir recursos para investimentos estratégicos em infraestrutura, educação e saúde, impulsionando o desenvolvimento social e melhorando a qualidade de vida da população.

Senador Randolfe Rodrigues, presidente da Petrobrás Magda Chambriard, governador Clécio Luís e presidente do Senado, Davi Alcolumbre em reunião na sede da estatal no RJ.

Além disso, a presença da indústria petrolífera pode atrair novos investimentos e empresas, estimulando setores como comércio e serviços. Com uma cadeia produtiva se formando em torno do petróleo, o Amapá tem a chance de diversificar sua economia e reduzir a dependência de repasses federais.

No entanto, a exploração de petróleo no estado também exige planejamento e controle para evitar impactos ambientais e sociais negativos. O desafio será garantir que os benefícios da atividade cheguem de forma equilibrada à população, promovendo crescimento econômico sem comprometer a preservação ambiental.

O Amapá tem a maior bacia de petróleo da Margem Equatorial. Foto: Divulgação.

Margem Equatorial e os desafios ambientais

A Margem Equatorial, apontada como o “novo pré-sal” do Brasil, abrange uma área offshore que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá. A região tem um enorme potencial petrolífero, com uma capacidade estimada de produção de até 1,1 milhão de barris de petróleo por dia. Com essa projeção, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) incluiu a exploração da Margem Equatorial como uma das prioridades para 2025.

Apesar do otimismo do setor, a exploração na região enfrenta desafios junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O órgão já negou pedidos de perfuração na costa amapaense devido a preocupações ambientais, especialmente quanto ao impacto na biodiversidade marinha e em unidades de conservação. O governo federal e as empresas interessadas buscam novos estudos e medidas para atender às exigências ambientais e viabilizar a exploração de forma sustentável, garantindo que o avanço econômico não aconteça à custa do meio ambiente.